Neste blog pretendo divulgar e discutir assuntos de meu ineteresse: escalada em rocha e em gelo, montanhismo, ecologia, livros ... além de assuntos com os quais trabalho profisisonalmente: método dos elementos finitos, méto dos elementos discretos, análise numérica e lógica fuzzy. Aqui você também pode encontrar textos e material de minhas aulas, alguma coisa sobre o melhor carro do mundo (Toyota Bandeirante) e citações. Ah!, e sobre música e o instrumento que toco (ou tento tocar): viola caipira.

Ou seja, tudo que eu gosto e faço Na ponta dos dedos.

Por que Projeto Peregrinus: em 2001 eu e mais cinco amigos escrevemos um projeto de patrocínio com esse nome, cujo objetivo era subir as mais altas montanhas de cada país sulamericano. O projeto não saiu do papel, mas a escolha do nome, bastante apropriada, foi feita por mim, após abrir aleatoriamente um dicionário Latim-Português. Essa foi a primeira palavra que li: peregrinus: aquele que viaja para outro país. A coincidência foi tão grande que me marcou muito. Como também pretendo falar de minhas viagens resolvi manter esse nome.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Montanha: Charmont Som

No fim de semana dos dias 4 e 5 de outubro participei de uma atividade organizada pelos diversos clubes alpinos da região, chamada de região 38. Foi um treinamento para caminhadas alpinas no Parque Reginal de Chartreuse.

Na verdade não aprendi nada de novo, mas foi bem legal ver os caras atuando e passando algumas dicas.

No sábado fomos a Saint Pierre de Chartreuse, por coincidência o mesmo lugar onde fiz snowboard dez anos atrás. A cidadezinha é linda.

O que é mais bonito, a igreja ou a montanha?

No sábado assistimos uma apresentação sobre meio ambiente nas montanhas, abordando a flora e a fauna da região. Depois, na praça da cidade em frente a igreja, havia mesas temáticas: arrumação de mochila, primeiros socorros, slackline (tentei mas não consegui), marcha nórdica (com bastões).

Por volta do meio dia subimos uma montanha até uma falésia. Ali recebemos instruções e praticamos rapel, uso de piolet e uma pequena travessia vertical. Como disse, nada de novo pra mim, mas gostei de ver os guias atuando. Todos els, menos um, com cerca de 60 anos e muita experiência.

Uma coisa ficou clara pra mim: eles efetuam os procedimentos de segurança mas sem muita frescura. Exemplos: "em caminhada alpina você precisa de um capacete, porque as pedras caem, um boudrier e 3 mosquetões. Se você for o guia, uma corda. Nada mais" e "Se seu parceiro escorregar, não se preocupe, basta segurar a corda, nem precisa de força, e ele para de escorregar".

Aí eles usam UIAA pra dar segurança quando a passagem é mais perigosa. Não usam solteira, eles usam a própria corda para fixação.

Na volta assistimos uma palestra da diretora do parque, seguido de um coquetel. Por volta das 21h tivemos um jantar (salada verde, uma linguiça com batatas, torta de maça, vinho). Dividi uma barraca com o pessoal do clube. A lua estava linda.

No dia seguinte nos separamos por grupos e participei de uma caminhada ao Charmont Som pela face norte, uma bela montanha do parque.
Em primeiro plano, tirando a moça à esquerda, são alguns dos guias do CAFGO. Dá pra perceber pelos cabelos brancos a experiência acumulada

O grupo e a face norte da montanha

A ideia era pegarmos o costão acima, mas havia uns caçadores pela trilha de acesso, então fizemos um desvio e pegamos o costão a meia altura.




Só se encordou quem quis, mas achei meio exposto. Eles realmente não tem muito frescura com isso, acho que devido a experiência.

Já no cume, como sempre, tive que ficar em um canto porque me emocionei um pouco. Cheguei ao agui e o agradeci. Ele ficou surpreso e até um pouco sem graça e me agradeceu também. Eles não estão muito acostumados com isso.

Dessa vez o grupo era mais heterogêneo, então só me cansei nos metros finais. Impressionante que não ficamos nem 10min no cume por causa do riso de chuva. Nem fotos esses caras tiram.

Fotos no cume. Ao fundo, La Pinea (http://www.isere-rando.com/topos/pinea-en-boucle-par-montfromage#.VDUVpPmSxAI)

Lá no cume tirei a joelheira pois não aguentava mais: dessa vez foi o lado esquerdo do joelho ficou machucado por causa do atrito. Tenho que aprender ainda como regulá-lo.

Gostei muito da atividade. E comecei a conhecer as pessoas do clube.


Nenhum comentário:

Postar um comentário