Neste blog pretendo divulgar e discutir assuntos de meu ineteresse: escalada em rocha e em gelo, montanhismo, ecologia, livros ... além de assuntos com os quais trabalho profisisonalmente: método dos elementos finitos, méto dos elementos discretos, análise numérica e lógica fuzzy. Aqui você também pode encontrar textos e material de minhas aulas, alguma coisa sobre o melhor carro do mundo (Toyota Bandeirante) e citações. Ah!, e sobre música e o instrumento que toco (ou tento tocar): viola caipira.

Ou seja, tudo que eu gosto e faço Na ponta dos dedos.

Por que Projeto Peregrinus: em 2001 eu e mais cinco amigos escrevemos um projeto de patrocínio com esse nome, cujo objetivo era subir as mais altas montanhas de cada país sulamericano. O projeto não saiu do papel, mas a escolha do nome, bastante apropriada, foi feita por mim, após abrir aleatoriamente um dicionário Latim-Português. Essa foi a primeira palavra que li: peregrinus: aquele que viaja para outro país. A coincidência foi tão grande que me marcou muito. Como também pretendo falar de minhas viagens resolvi manter esse nome.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Vinho da semana: cerveja Démon (12o)

Não tinha qualquer pretensão de cozinhar, mas fiquei com fome e fui improvisar.

Tinha comprado no mercado português um chouriço típico, o mesmo que havia comido em Lisboa, então resolvi fazê-lo.

Parti o pedaço de chouriço ao meio, ao longo do comprimento.

Cozinhei repolho picado com um pouco de vinagre (pode ser dos mais simples), sem água, e pimenta do reino ralada.

Fiz uma salada com alface, tomate e beterraba (que aqui é vendida já cozida).

Uma baguete.

Ficou muito bom.

Isso tudo para acompanhar a cerveja Démon. Bronzeada e de sabor acentuado, do jeito que gosto. Já foi considerada a mais forte do mundo, com 12o.

Para saber mais: http://www.brasseurs-gayant.com/portfolio/la-biere-du-demon/



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Acabou o verão

Última foto do verão em Grenoble.



O outono chegou com muito vento e frio.

Nos últimos 2 dias não esteve muito frio, mas já deu pra notar a queda de temperatura.

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Receita: lapin à la dijonnaise (coelho a dijon, versão simplificada)

Tudo que eu cozinho tem que ser simplificado. São só duas bocas e espaço pequeno. Se eu fosse um profissional essas coisas não fariam diferença.

Temperei o coelho com sal (dois pedaços). Selei o pedaço numa frigideira com um pouco de cebola. Acrescentei 200ml de creme fresco e uma colher generosa de mostarda de dijon. Demorou a cozinhar.

Batatas e beterraba acompanharam.



Não gosto muito de coelho, mas o creme fresco e a mostarda de dijon ficaram bem no molho.


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Dia de rugby

Stade des Alpes, Grenoble, França.

"O futebol é um esporte de lordes assistidos por bárbaros. O Rugby é um esporte de bárbaros assistidos por lordes."

Acho que prefiro rugby.


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Primeira atividade com o CAF-GO: Pic Pierroux (2377msnm)

Dia 22 de setembro.

Cheguei atrasado no ponto de encontro. O guia, seguramente com mais de 60 anos, agiu como qualquer guia de clube: me ligou, perguntando onde estava, sem se preocupar em esconder uma leve impaciência.

Éramos 7 pessoas: eu, o guia, um rapaz de vinte e poucos, uma moça de trinta e poucos e duas mulheres e um homem, todos com mais de cinquenta.

Fomos para Dévoloy, 2h de carro ao sul de Grenoble. Nem imagina ter lugares ainda mais bonitos ao sul, achava que indo para o norte, em direção ao grandes Alpes, tudo seria mais bonito.

Me enganei.

Começamos a trilha ao lado de uma igreja do século XI. Ao lado, um cemitério com uma lápide que nos chamou a atenção.

"René Desmaison
14 Avril 1930
28 Septembre 2007
Alpiniste - Cineaste - Écrivain"

Se você quer saber mais sobre ele: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ren%C3%A9_Desmaison

A caminhada é linda. São 1500m de desnível. Começamos pela floresta, passamos por campos de altitude até o cume. Bem, mas não foi fácil. Na verdade assim que vi o grupo pronto pra caminhada já me preocupei: todos estavam com botas alpinas, e eu com uma Quechua de 200,00 reais.

Imaginem uns dois maciços das Agulhas Negras.


O cume é o que está mais à esquerda no vídeo e na foto.

O pessoal do clube é muito forte. Sim, tomei uma coça deles. O guia simplesmente apontou o nariz no cume, assim que foi possível, e tocou pra cima. Nada de seguir os sinais de trilha, pelas curvas de nível. E pior, as duas mulheres mais velhas do grupo iam ainda mais à frente. Depois fiquei sabendo que elas participam de corridas de orientação. Sem qualquer gordura aparente, com rostos marcados pelo tempo e mochilas cargueiras, me deixaram pra trás sem dó.

Eles até pararam 3 vezes ao longo da subida. Tenho certeza que pra me esperar. Assim que eu chegava, o guia falava "pronto, valos lá". Desa forma mal tive tempo pra descansar ao longo de toda a subida.

E eu precisava muito.

Foi extremamente devagar nos últimos 500m da trilha, pé ante pé. Poucos antes da terceira parada eu já pensava em mandar o guia à m@#$a se ele não me desse um tempo pra descansar. Mas acabei falando algo como "estou preocupado porque estou muito cansado e acho que estou atrapalhando". Na verdade, estava pensando em parar por ali e esperá-los voltar do cume. Confesso que foi muito sofrido e até me questionei porque estava aqui na França, se era pra aquilo que estava longe de meus filhos.

O cume no alto, à direita. Tem três pontinhos pretos na foto, são do meu grupo, as duas corredoras e mais alguém. Eles estão na foto mais ou menos a meia altura, acima da palavra "pontinhos".


Mas nessa terceira parada, sem tempo pra descansar de novo,o guia me disse que faltavam 150m de desnível. Então continuei.

Depois de 3h do início cheguei ao cume. Como é lá? Como qualquer outro cume: sem graça. Além disso, as ovelhas, não sei porque, o escolheram como "banheiro", era impossível até sentar-se. O guia disse que era um "cume perfumado". Bem, acho que vocês entenderam. Um pouco mais sobre esse cume: http://www.altituderando.com/Pic-Pierroux-2377m-Devoluy

Descemos um pouco pra comer alguma coisa. Eu estava tão cansado que tive que me forçar a comer.

Logo abaixo do cume. Frio? Não, imagina!

Na descida foi a mesma coisa: o guia apontou o nariz pra baixo e desceu. Nada de curva de nível. Mesmo com os bastões desci devagar pra proteger o joelho. Fizemos um outro caminho, muito bonito, passando à esquerda dessa pequena pirâmide e descendo o vale. Seguem algumas fotos.





Sobre o joelho: realmente não está fácil. A joelheira té protege, mas depois de algumas horas o atrito machuca a pele. Tenho que ver como resolver isso. Os últimos 2km da trilha, já na descida, foram sem a joelheira, mas foi tenso por causa da iminência de uma outra torção.


Resumindo: caminhada linda, estou fora de forma, o joelho atrapalha.

Vamos ver a próxima.

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Vinho da semana: Blaissac

Vinho tinto de Bordeaux.

Foi uma luta. Assim que o provei, brigamos. Com o desentendimento, ficamos sem nos falar até o dia seguinte.

Apesar de ter ficado na geladeira, tampado com a rolha original, voltamos a conversar. Dessa vez o papo foi bem mais agradável, mais oxigenado.

Não sei se voltaremos a nos falar, esse pessoal de Bordeaux ... sei lá, não costumo me entender muito bem com eles.

Um outro dia, quem sabe...


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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Receita: como reaprovetar

Deixei um bife de proc marinando no azeite com alecrim (que peguei na rua, aqui tem muito) e sal por 24 horas.

Coloquei-o na frigideira antiaderente ate ficar marron quase até em cima, depois virei.

Aproveitei o fundo da frigideira e salteei legumes que eu havia cozido para uma sopa mas que sobraram. Tinha batata, cenoura, cebola e alho.

Depois te tirar os legumes passei rapidamente um pouco de cogumelos que tinham sobrado do dia anterior, só pra aquecer.

A vagem eu cozinhei no microondas, dentro de um pirex com um pouco de água no fundo. Deixei crocante, do jeito que gosto.

Ja no prato coloquei um pedaço de queijo Saint Marcellin sobre o bife e sobre o queijo os cogumelos.

Jantei no terraço.


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Vinho da semana: Les Cardagoux

Vinho da região do Languedoc.

Estou voltando a gostar de vinho tinto aqui. Este é mais um com taninos controlados, então desce muito bem. Este, como os anteriores, é barato. Não me importaria em repeti-lo.



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Vinho da semana: mais uma cerveja!!! 1664

Cerveja bastante consumida aqui. É uma cerveja clara e leve, bem comum. Nada de mais. Uma pilsen como outra qualquer.



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Finalmente sócio

Finalmente pude fazer minha inscrição no Club Alpin Français - Grenoble Oisans.

Escolhe esse por ser perto de onde moro, 10min a pé.

Acho que sou bobo mesmo, pois fiquei bem feliz lá, enquanto fazia minha inscrição. Feliz e animado, me sentia uma criança no Natal. Foi bem parecido quando, em 1994, entre para o Clube Excursionista Light.

O CAFGO não é muito diferente do CEL. Uma sala de convivência, uma sala de reunião, duas salas administrativas, um pequeno bar cheio de cervejas, para nós exóticas.

No próximo fim de semana vão comemorar 140 anos do CAF e 20 do CAFGO. Todos os clubes são CAF, mas é como se fossem sedes independentes.

Bem, tem algumas diferenças. A biblioteca conta com 6400 documentos!

Paguei 123,00 euros, cerca de 380,00, pela taxa anual que inclui a anualidade do clube, 4 edições de uma revista e um seguro. Essa ideia do seguro a FEMERJ podia copiar.

Atividades possíveis: alpinismo, escola de aventura, parapente, caminhada, caminhada de montanha e alpina, raquete, ski de fond, ski de randonné, snowboard, mountain bike, ski de pista. Tem atividades nos fins de semana e na quinta-feira.

Outra diferença: a média de idade. A maioria lá era de senhores e senhoras curtidos pelas montanhas. Muito legal. Acho que vão me deixar pra trás fácil. Tinha poucos jovens, alguns com jeito típico de escalador.

Não pude me inscrever na atividade que queria porque cheguei tarde, então no domingo vou subir o Pic Pierroux, 2377msnm. Acho que tá bom prá começar.

http://www.altituderando.com/Pic-Pierroux-2377m-Devoluy





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terça-feira, 9 de setembro de 2014

Vinho da semana: Cote du Rhône

Já estava co messa garrafa em casa a alguns dias, então resolvi abri-la.

Vinho tinto seco, feito aqui perto. Tanino na dose certa pra mim, que não anda se dando muito bem com eles.

Acompanhou carne de porco grelhada coberta com queijo Sanit Marcellin, feito também aqui perto. Cremoso por dentro e com uma casca resistente e levemente mofada, tem sabor forte como um roquefort, mas sem o perfume deste. Mas nem por isso é pior, apenas diferente. Fica muito bem com carne vermelha e frango.

Aproveitei o fundo da frigideira pra cozinhas cenoura picada e vagem. Tenho feito muito isso, mas é porque o fogão só tem duas bocas (na verdade são duas placas aquecedoras), então tenho que ser criativo e aproveitar o calor e as panelas.

Com uma baguette ficou ótimo.


Jantei no terraço porque estava quente.

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Bicicleta nova, passeio novo.

Sexta passada comprei uma bicicleta. Seguindo a orientação de meu amigo Vinícius Gusmão, comprei uma VTT (mountais bike) Lapierre, com freio a disco e bloqueio da suspensão dianteira.

Impressionante a quantidade de opções de bicicletas. Além dos diversos fabricantes franceses e europeus, há tipos de bicicleta que eu nem sabia que existia.

Além de mountain bike e de corrida, aqui chama de VTT e route, das BMX e as de cidade (de ville), tem as preparadas para viagem, as VTC, que são quase iguais as VTT mas um pouco mais confortáveis, e as fitness, que são quase iguais as de corrida mas também um pouco mais confortáveis.

Há bicicletas de três mil e até de dez mil euros!

A minha é considerada uma boa bicicleta e não foi muito cara porque é da linha 2013 e estava com 20% de desconto. Minha intenção é levá-la para o Brasil.

Então no sábado, dia 6 de setembro, resolvi ir pedalando até Livet-et-Gavet, onde fica a Rocher de l'Homme, uma montanha com umas vias de escalada bem interesantes. Veja em http://www.camptocamp.org/summits/186631/fr/chamrousse-tour-et-rochers-de-l-homme

Mas, mal planejado, estava sem mapa. Tudo o que eu sabia é que devia ir para o sul e, em algum momento, virar para o leste. Só que não era bem assim.

Acabei subindo uma serra e chegando a Champagnier, uma pequena vila. Como já estava perdido mesmo, resolvi ir pra Vizille.

Foi um erro que valeu a pena.

Chegando a Champagnier
 Chegando a Vizylle, uma homenagem a pessoas que lutaram na Segunda Guerra
 Chateau de Vizille, onde está o Museu da Revolução Francesa



 Na volta, uma parada pra matar a fome


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Ainda é verão em Grenoble

Domingo, 7 de setembro, fez calor aqui. Segunda também, mas a noite choveu.

Hortelã, alecrim e algo parecido com uma graxeira azul, no jardim de onde moro.
 Rio Isère com a Bastilha ao fundo
 Outra do rio Isère
 Chartreuse ao fundo. Foto tirada da universidade.

Chartreuse de novo. E as flores.

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Primeira escalada

Domingo, dia 31 de agosto, fui escalar com três pessoas do laboratório: Viviana, uma colombiana que divide sala comigo, Bram, holandês e ótimo escalador, e Clicia, uma siciliana.

Fomos para o Jimmy's Cliff, uma falésia de calcário na Bastilha (Chartreuse).

Veja aqui http://www.ffme.fr/site/falaise-fiche/2269.html
e aqui http://www.camptocamp.org/sites/290906/fr/jimmy-s-cliff

Consegui fazer, em top hope, uma via de 5a e outra de 5c. Dava até pra guiar a primeira. A de 6a não deu, bateu insegurança por causa do joelho, mesmo com a joelheira.



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Receita: filé de peixe com molho cítrico

Dia 2 de setembro fiz o seguinte: temperei o peixe com sal e deixei marinando no suco de um limão siciliano. Depois dourei na frigideira anti-aderente.

O acompanhamento foi cuscus marroquino e legumes (batata, berinjela, cebola, alho, tomate) cozidos no micro-ondas.

O que salvou foi a cerveja, muito boa.

O peixe ficou muito cítrico, acho que tinha que ter usado meio limão. Ficou ruim.




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domingo, 7 de setembro de 2014

Vinho da semana: mais uma cerveja

Cerveja Amsterdan. Feita lá, é claro. Com 11,8% de álcool em uma lata de meio litro, dá pra fazer a festa.

Então eu fiz.

Deliciosa, escura, sabor de malte torrado. Gostei muito.


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