Resumo
O texto a seguir é baseado no livro de meu amigo Cristiano Requião.
Na antigüidade, as montanhas despertavam no homem primitivo fascínio e temor. A elas era atribuído um papel sobrenatural e místico, a partir dos efeitos dos fenômenos atmosféricos e geofísicos. Esta visão veio permitir que a grande maioria das montanhas se mantivesse praticamente intacta até o final do século XVI.
Mais tarde, as primeiras expedições destinadas a visitá-las tinham como objetivo principal a observação científica da natureza. Eram movidas pela necessidade de concretizar respostas sobre os fenômenos meteorológicos e não propriamente pelo deseja de escalar por escalar. Com recursos técnicos limitados, “vencer as montanhas” assumia assim aspectos de “bravura” e “heroísmo”. O meio ambiente era considerado hostil e, portanto, deveria ser “enfrentado”.
Em fins do século XVIII, o naturalista suíço Horace-Bénédict Saussure promoveu um concurso oferecendo um prêmio a quem chegasse primeiro ao cume do pico mais alto da Europa, o Mont Blanc. Os ganhadores foram os franceses Jacques Balmat e o médico Michel Gabriel Paccard, que venceram os 4800m em 8 de agosto de 1786, registrando oficialmente o ponto de partida do alpinismo.
Embora houvesse grande fomento deste novo esporte por parte dos ingleses no século XIX, ele só alcançou vulto internacional neste século, com expedições ao Cálcaso, Montanhas Rochosas, Andes e Himalaia, chegando a atingir níveis de disputa entre países para a conquista dos mais remotos e “invencíveis” picos.
Em 29 de maio de 1953, foi culminado o Everest (com 8882m de altitude, o mais alto do planeta, na cordilheira do Himalaia) pelo neozelandês Edward Hillary e o nepalês Tensing Norkay. Chegou-se a pensar na época que o “maior dos feitos” havia sido realizado, concluindo assim uma “fase áurea”. Entretando, o esporte descobriu novos objetivos, continuou desenvolvendo-se, novas técnicas e materiais foram adotados e é cada vez mais praticado e divulgado nos países chamados desenvolvidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário