Neste blog pretendo divulgar e discutir assuntos de meu ineteresse: escalada em rocha e em gelo, montanhismo, ecologia, livros ... além de assuntos com os quais trabalho profisisonalmente: método dos elementos finitos, méto dos elementos discretos, análise numérica e lógica fuzzy. Aqui você também pode encontrar textos e material de minhas aulas, alguma coisa sobre o melhor carro do mundo (Toyota Bandeirante) e citações. Ah!, e sobre música e o instrumento que toco (ou tento tocar): viola caipira.

Ou seja, tudo que eu gosto e faço Na ponta dos dedos.

Por que Projeto Peregrinus: em 2001 eu e mais cinco amigos escrevemos um projeto de patrocínio com esse nome, cujo objetivo era subir as mais altas montanhas de cada país sulamericano. O projeto não saiu do papel, mas a escolha do nome, bastante apropriada, foi feita por mim, após abrir aleatoriamente um dicionário Latim-Português. Essa foi a primeira palavra que li: peregrinus: aquele que viaja para outro país. A coincidência foi tão grande que me marcou muito. Como também pretendo falar de minhas viagens resolvi manter esse nome.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Gente que vem de Lisboa, gente que vem pelo mar

Uma amiga de minha esposa disse que ir a Portugal é como ir à casa da avó: tudo é muito diferente, mas tudo é muito familiar.






Pois é assim mesmo. Se juntarmos umas 3 Santa Tereza com os prédios antigos do centro do Rio, teremos uma ideia do que é Lisboa. Ah, claro, a língua é quase a mesma.

Gostei da cidade. Bom transporte público, gente simpática. Mas Sintra... Sintra é excepcional. Gostaria de passar um 3 ou 4 dias lá. Seria muito legal.

Aqui, algumas impressões ao longo dos dois dias em Portugal:

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Em frente ao Castelo de São Jorge entrei em uma lanchonete. Pedi um pão com chouriço (linguiça), uma cerveja. No final pedi uma Ginjinha, perguntando "ela é boa".

A senhora portuguesa que me servia disse, bem séria: "Pois ela nunca falou mal de ninguém"

Pois não sei se, aqui, o "português" era eu ou ela.

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Depois da visita ao castelo voltei lá e pedi uma sopa e uma taça de vinho. O sono de duas noites sem dormir, o cansaço e o vinho fizeram com que, andando de volta ao centro, eu imaginasse o seguinte diálogo em um restaurante:

"Senhor, como estão as sardinhas?"

"Bem mortas, ó pá"

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Fui de trem para Sintra. No caminho passamos pela periferia de Lisboa. Completamente diferente da nossa. Casa e apartamentos simples, mesmo aqueles ao lado da ferrovia, mas todos arrumados, pintados. Um outro ou mais acabado. Vi praças e parques. Ponto para Portugal.

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Temos que reconhecer: os Portugueses são um povo determinado. No século 16 mapearam meio mundo. Influenciaram a cultura de vários países e espalharam a língua.

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Turistas em Lisboa: franceses, franceses por toda parte.

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Os pastéis de Belém são realmente deliciosos.

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Em Sintra comi queijadinhas na Casa da Sapa. Bem diferente das nossas e muito melhores. Antes de pagar,perguntei a atendente: se eu fosse pagar seria quanto?

Séria, ela disse: "Pois é claro que vais pagar, aqui nada é de graça"

Está aí uma diferença: o senso de humor.

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Na terça, dia 12, fui ao Bairro Alto. Muito parecido com a Lapa: restaurantes, bares, música... fui à Tasca do Chico para ouvir fado vadio. O mesmo senhor que serve às mesas e torra as linguiças no fogo é o que começa cantando. Depois, qualquer um pode cantar, acompanhado por violão e guitarra portuguesa. Comi uma morcela (chouriço, para nós) com pão e meia jarra de vinho da casa. sai de lá leve. No caminho passei por dois bares onde brasileiros tocavam música... brasileira.

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Se precisarem de um taxi em Lisboa, recomendo a Margarida: +351965713355. Simpática, atenciosa e profissional.

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Vou repetir: Sintra é linda

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