Neste blog pretendo divulgar e discutir assuntos de meu ineteresse: escalada em rocha e em gelo, montanhismo, ecologia, livros ... além de assuntos com os quais trabalho profisisonalmente: método dos elementos finitos, méto dos elementos discretos, análise numérica e lógica fuzzy. Aqui você também pode encontrar textos e material de minhas aulas, alguma coisa sobre o melhor carro do mundo (Toyota Bandeirante) e citações. Ah!, e sobre música e o instrumento que toco (ou tento tocar): viola caipira.

Ou seja, tudo que eu gosto e faço Na ponta dos dedos.

Por que Projeto Peregrinus: em 2001 eu e mais cinco amigos escrevemos um projeto de patrocínio com esse nome, cujo objetivo era subir as mais altas montanhas de cada país sulamericano. O projeto não saiu do papel, mas a escolha do nome, bastante apropriada, foi feita por mim, após abrir aleatoriamente um dicionário Latim-Português. Essa foi a primeira palavra que li: peregrinus: aquele que viaja para outro país. A coincidência foi tão grande que me marcou muito. Como também pretendo falar de minhas viagens resolvi manter esse nome.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

A Cordilheira dos Andes

A Cordilheira dos Andes, como todas as outras formações deste tipo, são vindas do fundo do mar. Melhor explicando, as cordilheiras (Andes, Cáucaso, Himalaia, etc.), compõem parte da geologia da terra, a qual envolve os chamados tipos de terrenos que, no caso, seriam os dobramentos modernos. A “dobra”, ou terreno de formação recente, está sujeita ao encontro das placas tectônicas devido aos movimentos tectônicos que, no caso de montanhas (cordilheiras), este seria o horizontal, conhecido como Orogênese.


Os movimentos horizontais, na alta montanha, podem representar perigo aos alpinistas; com esses movimentos, surgem as gretas (rachaduras que se abrem nos glaciares, com profundidades incalculáveis, que ficam “escondidas” por uma simples nevasca), além destas, outro perigo “não” relativo a essas movimentações, seriam as temidas avalanches, as quais ocorrem devido ao mau firmamento da neve recém estacionada, sobre uma área já cristalizada, que com um simples toque, torna-se uma “cachoeira” de neve e pedras rolando montanha abaixo.

O encontro das placas tectônicas (movimentos horizontais) é que origina também os famosos terremotos, por isso áreas como o Chile, Bolívia e outras, situadas próximas ou exatamente no encontro de duas placas distintas, estão sujeitas a esses fenômenos naturais. Outras regiões como o Brasil, possuem 99,9% de chance de não ocorrer tais fenômenos, pois se encontram no centro de uma placa, sendo assim são regiões presentes no mapa há muito mais tempo, já que é o movimento vertical (epirogênese), que origina os continentes. Essas movimentações verticais não ocorrem no encontro das placas.
Quanto ao clima nas altas montanhas, podemos falar das temperaturas; ao Sol, a temperatura média, à 5000 metros de altitude, gira em torno de 15° à 30° C, enquanto à esta mesma altitude só que à noite, gira em torno de –10° à –20° C. Em altitudes mais elevadas como 6700 metros (ponto culminante da Bolívia, na Cordilheira dos Andes), ao Sol, a temperatura média gira em torno de –10° à –15° C, enquanto à noite gira em torno de –20° à –30° C.
Relativo também à clima, podemos falar sobre as monções; o melhor período de escalada em alta montanha, principalmente na Cordilheira do Himalaia, é entre as monções de verão e de inverno. Este período se mantém entre os meses de junho a agosto. Durante as monções, principalmente as de inverno, o clima de regiões montanhosas muda, bruscamente, de aparência; ventos fortes, poeira de neve nos cumes, intensas nevascas impossibilitam de, praticamente, nenhuma ascensão ao cume.
Estes fatores, geológicos e geográfico – meteorológicos, são os grandes responsáveis pela maioria dos acidentes em altas montanhas. Para se efetuar uma expedição para escaladas deste tipo deve sempre ter uma prévia orientação sobre clima da região, melhor época para ascensão, entre outras, podendo, assim, reduzir possibilidades de acidentes.

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