Neste blog pretendo divulgar e discutir assuntos de meu ineteresse: escalada em rocha e em gelo, montanhismo, ecologia, livros ... além de assuntos com os quais trabalho profisisonalmente: método dos elementos finitos, méto dos elementos discretos, análise numérica e lógica fuzzy. Aqui você também pode encontrar textos e material de minhas aulas, alguma coisa sobre o melhor carro do mundo (Toyota Bandeirante) e citações. Ah!, e sobre música e o instrumento que toco (ou tento tocar): viola caipira.

Ou seja, tudo que eu gosto e faço Na ponta dos dedos.

Por que Projeto Peregrinus: em 2001 eu e mais cinco amigos escrevemos um projeto de patrocínio com esse nome, cujo objetivo era subir as mais altas montanhas de cada país sulamericano. O projeto não saiu do papel, mas a escolha do nome, bastante apropriada, foi feita por mim, após abrir aleatoriamente um dicionário Latim-Português. Essa foi a primeira palavra que li: peregrinus: aquele que viaja para outro país. A coincidência foi tão grande que me marcou muito. Como também pretendo falar de minhas viagens resolvi manter esse nome.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Escalada em Valença, RJ - Via Írma Luccia

Este é o croqui da primeira via de escalada que conquistei. Fica na Pedra da Passagem, que nós chamamos de Paredão das Meninas, após o Bairro de Fátima, Valença-RJ.

VIA: Írma Lúcia Filippi Goulart
CONQUISTADA EM : 5 investidas, abril 1997
CONQUISTADORES:
Marcello Goulart Teixeira (CEL)
Eduardo Rodrigues da Costa (CERJ)


COLABORARAM
Valéria Cristina da Silva
Ivan Jorge do Amaral
Carlos Wagner S.dos Santos
Luciana Concentino
Luciano Ribeiro





Ainda guardo as lembranças e senssações que tive neste último mês de abril, ao abrir, com o Eduardo R. C. , minha primeira via (a segunda do Edu), chamada Írma Lúcia, nome de minha avó materna. Lembro-me do primeiro grampo que colocamos, batido pelo Edu. Lembro-me do primeiro que bati, da insegurança em usar um cliffer, o braço cansado, o cheiro da rocha, o “canto” do grampo quando entra da pedra... lembro-me de minha euforia ao ver o Edu passar em livre pelo crux da via, após uma tentativa mal sucedida minha, e a vontade que tive de aplaudi-lo (mas como? eu estava dando segurança a ele!). Lembro-me das alegrias, piadas, da amizade compartilhada por todos nós. Da vista de minha cidade com as serras dos Mascates e da Glória ao fundo. E também do medo, esse “ser” que habita nosso interior e às vezes nos domina, da frustração que senti ao ter que, numa das investidas, rapelar à noite, sem lanterna, xingando todo mundo, a pedra e principalmente a mim mesmo, devido a um mau planejamento de minha parte.

A via está treminada. Utilizamos nosso equipamento pessoal, sem apoio material de ninguém. Agora ela pertence ao CEL e ao CERJ, depois de anos das últimas conquistas desses clubes. E pertence também a todos aqueles que amam as montanhas, seus mistérios e fascínio.


Outras vias serão abertas. Nós prometemos.
Ass.: Marcello Goulart Teixeira e Eduardo Rodrigues da Costa
Valença, abril de 97


O texto acima foi impresso no boletim do CERJ de maio de 1997 e no boletim do CEL de setembro de 1998.

Sobre a ética de escalada em Valença: porteira fechada? Mantenha fechada. Porteira aberta? Mantenha aberta. Não faça barulho desnecessariamente. Peça permissão. Alguns grampos estão distantes, estude a via antes. Muitas vias tem a grampeação 2/1, ou seja, dois grampos de 3/8 pol seguidos por um de 1/2 pol. Algumas paradas formadas por um grampo de 3/8 pol e outro de 1/2 pol. Não retire nem coloque grampos sem a permissão dos conquistadores; respeite o estilo de conquista dos escaladores da região.

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