Neste blog pretendo divulgar e discutir assuntos de meu ineteresse: escalada em rocha e em gelo, montanhismo, ecologia, livros ... além de assuntos com os quais trabalho profisisonalmente: método dos elementos finitos, méto dos elementos discretos, análise numérica e lógica fuzzy. Aqui você também pode encontrar textos e material de minhas aulas, alguma coisa sobre o melhor carro do mundo (Toyota Bandeirante) e citações. Ah!, e sobre música e o instrumento que toco (ou tento tocar): viola caipira.

Ou seja, tudo que eu gosto e faço Na ponta dos dedos.

Por que Projeto Peregrinus: em 2001 eu e mais cinco amigos escrevemos um projeto de patrocínio com esse nome, cujo objetivo era subir as mais altas montanhas de cada país sulamericano. O projeto não saiu do papel, mas a escolha do nome, bastante apropriada, foi feita por mim, após abrir aleatoriamente um dicionário Latim-Português. Essa foi a primeira palavra que li: peregrinus: aquele que viaja para outro país. A coincidência foi tão grande que me marcou muito. Como também pretendo falar de minhas viagens resolvi manter esse nome.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Os 5 fatores que influenciam numa escalada em alta montanha

Resumo

Este é um texto de meu amigo, e ex-aluno de escalada, Frederico, para o Projeto Peregrinus original.

Fator Geológico – No que se refere a este tópico, podemos enunciar acontecimentos como “a geologia da terra”, a qual envolve os chamados tipos de terrenos que, no caso, seriam os dobramentos modernos. O terreno de formação recente (dobramento moderno), está sujeito ao encontro das placas tectônicas devido aos movimentos tectônicos, no caso, o horizontal, conhecido como Orogênese. Esses movimentos, na alta montanha, podem representar perigo aos alpinistas, que são o caso das gretas, rachaduras que se abrem nos glaciares com profundidades incalculáveis, sendo assim, um alpinista desavisado e inexperiente, devido à falta de atenção, acaba por cair nessas fendas, cerrando sua vida. Outro grande perigo são as constantes avalanches, as quais ocorrem devido ao mau firmamento da neve recém estacionada, que por um simples toque, se torna uma “cachoeira” de neve e pedras rolando montanha abaixo.



Fator Geográfico – No que se refere a este tópico, podemos enunciar acontecimentos como as variações climáticas. Para o interesse alpino, apenas as monções, tanto de verão, quanto de inverno, as quais impossibilitam, muitas vezes, a ascensão às montanhas, principalmente na cordilheira do Himalaia. Essas monções ocasionam diversas nevascas, aumentam o frio, enfim fazem com que a maioria dos alpinistas desistam de sua escalada.


Fator Técnico – No que se refere a este tópico, podemos enunciar acontecimentos como o preparo técnico. Um alpinista que queira se congratular com a chegada ao topo de uma alta montanha, deve estar preparado tecnicamente. Deve conhecer técnicas de escalada livre, artificial, indoor e inclusive, mesmo sem o contato, escalada em gelo, para isso, tem que se informar, praticar, trocar simples idéias, mas que no alto de mais de 6000 metros de altitude pode salvar sua vida.


Fator Físico – Para complementar, e simplesmente exercer o fator técnico, é imprescindível o intenso preparo físico durante o período antecessor e inclusive na fase de aclimatação à altitude, esta por sua vez, só se dá, se o organismo do alpinista for acondicionável a grandes altitudes, por que esse acondicionamento não vindo a ocorrer, infelizmente, talvez você nunca ultrapasse os 4000 metros da montanha, devido à redução de oxigênio, gradativa, à medida que se ultrapassa esta altitude. Mas caso seu organismo se adapte, é indispensável o excelente preparo físico para se alcançar os objetivos.


Fator Psicológico – Talvez este seja o mais importante dos cinco, pois além de os dois últimos fatores estarem incluídos neste, este ainda conta com outros casos, separados, única e exclusivamente relacionados com o fator psicológico. O que seria o psicológico na montanha? Para responder a esta pergunta me basearei em dois pontos principais, os quais seriam o “tempo” e a “calma”.


  • Tempo – O tempo, no sentido de horário, afeta a desenvoltura da maioria dos alpinistas que se lançam às altitudes. O fato de “enfiar” na cabeça que o êxito da expedição é certo, se torna muito otimista, pois foram demonstrados acima vários fatores que podem e na maioria das vezes atrasam uma expedição. Quando tudo começa a dar errado, os alpinistas, em sua maioria, largam tudo e sem consciência afirmam que tudo foi controlado, erroneamente, avançando montanha acima, ocasionando perdas parciais ou totais no grupo, dando fim a um provável e tão desejável sonho.
  • Calma – A calma, muitas vezes, salva um alpinista. Diretamente relacionada com o dito acima, pode organizar e consertar os erros, a tempo, proporcionando repentinamente, o êxito de todo o investimento dedicado à determinada escalada.
  • Para se trabalhar o psicológico, para tudo, recomenda-se uma atividade de relaxamento como tai-chi-chuan ou uma yoga, os dois, estando diretamente ligados ao trabalho, tanto psicológico, como físico.



Frederico Cascardo Alexandre e Silva

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Complementando o Fator Geográfico, não podemos esquecer que o microclima inerente a cada montanha deve ser conhecido pelos montanhistas que pretendem fazer uma expedição. O exemplo apenas relatou os fatores climáticos relacionados às montanhas do Himalaia. As monções podem ser devastadoras! Mas não são as únicas causas de acidentes relacionadas às mudanças climáticas. Fiquem atentos!
    Valeu Marcello.

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  3. Amigo Fred, você tem toda razão!

    Abraço,

    Marcello

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