Neste blog pretendo divulgar e discutir assuntos de meu ineteresse: escalada em rocha e em gelo, montanhismo, ecologia, livros ... além de assuntos com os quais trabalho profisisonalmente: método dos elementos finitos, méto dos elementos discretos, análise numérica e lógica fuzzy. Aqui você também pode encontrar textos e material de minhas aulas, alguma coisa sobre o melhor carro do mundo (Toyota Bandeirante) e citações. Ah!, e sobre música e o instrumento que toco (ou tento tocar): viola caipira.

Ou seja, tudo que eu gosto e faço Na ponta dos dedos.

Por que Projeto Peregrinus: em 2001 eu e mais cinco amigos escrevemos um projeto de patrocínio com esse nome, cujo objetivo era subir as mais altas montanhas de cada país sulamericano. O projeto não saiu do papel, mas a escolha do nome, bastante apropriada, foi feita por mim, após abrir aleatoriamente um dicionário Latim-Português. Essa foi a primeira palavra que li: peregrinus: aquele que viaja para outro país. A coincidência foi tão grande que me marcou muito. Como também pretendo falar de minhas viagens resolvi manter esse nome.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Porque viola caipira

Resumo

Algumas pessoas me perguntam porque eu toco (ou tento tocar, insisto) viola caipira. Afinal, não e um instrumento comum, principalmente aqui no Rio de Janeiro.



Pois bem. Adoro viajar. De preferência para o interior do país. Sei lá, praia não é muito minha praia. Nessas minhas andanças pelo interior, pra escalar, caminhar ou tomar banho de cachoeira e provar umas caninhas, fiz contato com um outro Brasil: o Brasil de dentro.

Pessoas simples, algumas bem tímidas e até pouco comunicativas, aquela "desconfiança mineira", mas que têm um quadro na parede onde está escrito "Deus está em todo lugar, mas é na Natureza que a gente conversa".

Fui então me identificando com o modo de viver dessa gente. Junto a isso posso citar minha natural curiosidade em ouvir novos sons, de preferência brasileiros. Passei então a gostar de música raiz, a verdadeira música sertaneja, e não essa música enlatada que ouvimos dessas duplas. Passei a ouvir os expoentes atuais da música raiz, aquela que fala de natureza e do povo simples do Brasil de dentro: Renato Teixeira, Almir Sater, Geraldo Azevedo...

Até que ganhei de meu amigo e compadre o CD Aguaraterra e, com ele, conheci a música e a voz de Xangai. Pra mim ele é o melhor entre os melhores. De excelente dicção e vocalização, tem uma voz inconfundível.

E no meio disso tudo eu ouvia um plimplimplim diferente. Um instrumento de corda que, em algumas músicas, me lembrava do cravo. Era a viola caipira.

Aí o elo se fechou. Para viver esse universo, mesmo em plena Zona Sul do Rio, tocar o instrumento símbolo do Brasil caipira era o melhor a ser feito.

Passei meses procurando um professor aqui. Por intermédio de um violeiro brasiliense chamado de Roberto Correa (um grande violeiro) consegui o telefone da Andreia, formada em violão pela Unirio sua ex-aluna. Comprei uma viola usada de um amigo e fui instantaneamente fisgado por seu som inconfundível, suas cordas casadas até hoje entram em minha alma, e mesmo aqui no Rio sou transportado para lugares mágicos, vales encantados, florestas, cachoeiras caudalosas, tropa de boiadeiros, pó , poeira e estrada.

Um comentário:

  1. Não sabia desse seu gosto pela viola caipira,voce é demais, cada dia fico mais surpresa com voce.Estou realmente muito orgulhosa de voce.Um grande abraço da sua tia Dea.

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